Negar o acesso às informações no ritmo em que estas acontecem é transgredir um direito universal ao homem: o de acesso livre a informação.
Uma informação a cada milésimo de segundo. Com a progressiva evolução do mundo digital as informações não cessam de nos abordar pelos mais diversos meios de comunicação e numa velocidade cada vez maior. Por sorte e pra me deixar ainda mais comprometido com essas novas tecnologias começarei a trabalhar nos próximos dias com comunicação institucional na web. Isso além de me fazer tomar atitudes de planejamento e busca de informações, me fez criar uma página no Twitter, que sinceramente ainda não devo ter encontrado o modo certo de usufruí-lo pois, até então, não me sinto muito empolgado por tal ferramenta. Ainda assim costumo sair em defesa de tudo que facilite ou agilize a comunicação entre as pessoas. Participa quem quer, ler quem quer!
No que diz respeito à postura ética e moral dentro desse novo mundo é como na vida: Alguns têm, outros não. Assim como há quem respeite, há quem não respeite. Na internet então não seria diferente. Assim como uma folha em branco pode ser usada para se escrever textos inteligentes, agendar seu dia, anotar uma receita culinária, ou ainda para se fazer belos desenhos, fórmulas matemáticas ou teses de doutorado, ela pode ser usada para fins prejudiciais: Escrever sobre pornografia infantil, planejar um seqüestro, um assalto ou atentado terrorista, anotar futilidades ou até mesmo para simplesmente ser queimada ( O que em demasia pode causar mais um dano, poluição. Além de que, a produção de papel por si só já afeta o meio ambiente, pois sua matéria prima vem da derrubada de árvores ou seja, desmatamento ecológico). Em tudo há os dois lados da moeda, um paradoxo entre o bem ou mal, sagrado e profano, vida e morte. Newton criou a energia nuclear para ser usada em prol do progresso e não da criação de bombas a ser usadas em guerras da humanidade.
Por isso deve haver um cuidado imenso ao se generalizar ou tentar tornar como regra algo ( principalmente novo ) como prejudicial. Digo isso (e o que me instigou a escrever sobre isso) foi a notícia publicada no Globo on-line que informava o resultado de um estudo de neurocirurgiões da Universidade da Carolina do Sul, nos Estados Unidos. Para estes “ A velocidade extrema do recebimento de informações e notícias em redes sociais como o Twitter e o Facebook prejudica o senso de moralidade das pessoas”. E ainda: “ Se as coisas acontecem rápido demais, pode ser que você nunca vivencie emoções sobre os estados psicológicos de outras pessoas e isso tem implicações no seu senso de moralidade.”, palavras da pesquisadora Mary Hele Immordino-Yang.
Pode esse "passarinho inofensivo" ser tão prejudicial a nossa sensibilidade?
Não chego a discordar totalmente do que se concluiu no estudo, pode ser que a demasia da chegada acelerada de informações abra mais uma porta para que as pessoas sintam dificuldade de se sensibilizar, tomando certos fatos como corriqueiros. Porém isso não deve ser tido, jamais, como regra. Para mim é claro o fato de que, na verdade, explicar esse poder de sensibilização é muito mais complexo que apenas afirmar perdê-lo devido ao uso, em certa medida, da internet e a absorção de notícias pelo indivíduo. Atestar o que se conclui no estudo como fato é correr o risco de negar a importância do direito a informação a quem as procure, direito este que é universal. Vejo essa enxurrada de fatos e notícias mais como uma evidência em se sensibilizar com o que ocorre no mundo e ainda mais, o interesse no Twitter ou Facebook pessoal de alguém em se importar de alguma maneira com um amigo, mesmo que eu nem o conheça pessoalmente. Assim como sempre existiram pessoas que não se incomodavam com o que se passava na vida do vizinho que mora ao seu lado há anos, sempre houve, e provavelmente haverá, grupos que lutem pelos direito humanos, dos negros, das minorias e até dos animais.
Por isso há algo que eu sinto necessidade deixar bem evidente como usuário da internet: Ainda me emociono com a mesma intensidade, admiração ou espanto que eu costumava antes de ter em mãos a internet. Ainda: Vivo intensamente; Tenho sonhos de adolescente; Sorrio com as mesmas baboseiras que gostava de sorrir ou choro com outras e enfim ainda me emociono, e muito.
Decerto que a internet não tem o condão de modificar ou, quiçá, extinguir sentimentos ou comportamentos inatos ao indíviduo. Todavia, com o seu advento, bem como com o desenvolvimento ou criação de instrumentos que permitem uma relação interpessoal de maneira virtual, na qualidade de inovação, o aparecimento de detratores se apresenta como algo natural, mormente se forem conservadores e fechados a "evolução globalizante".
ResponderExcluirBastante interessante o final da matéria com a emissão de juízo de valor a respeito do tema tratado, denotando uma defesa aos meios disponibilizados na rede mundial com fins à facilidade e agilidade na comunicação, bem como nos relacionamentos.
A sensibilidade humana não dependerá apenas da evolução da comunicação, mas sob minha óptica, será determinada, em cada indivíduo, pelas impressões e experiências que estes tiveram ao longo de suas vidas, permitindo-os amadurecer idéias, rever conceitos e talvez o mais importante, pautar seu comportamente de acordo com o entendimento que adquiriu ao longo da vida, podendo inclusive, romper com paradigmas comportamentais e dogmas irracionalmente impostos.